A palavra “filosofia” vem do Grego filos (amoroso) + sofos (sábio) que literalmente significa amor pela sabedoria. Mas isso não nos diz muito. (E o que exatamente é sabedoria?) Uma maneira melhor de descobrir a natureza da filosofia é perguntar o que ela tem a ver com filosofia (tema) e o que os filósofos (ou outra pessoa) fazem quando fazem filosofia (método).

A questão da filosofia está intimamente relacionada com o tipo de questões que têm dominado a pesquisa filosófica.

Metafísica é uma tentativa sistemática de responder à pergunta: O que é a realidade? Os filósofos da Grécia Antiga estavam muito interessados nesta questão e levantaram uma série de teorias para tentar responder a esta questão.

Alguns filósofos (materialistas) têm pensado que a realidade é essencialmente material na natureza. Outros (idealistas) afirmaram que a realidade é essencialmente mental ou espiritual. Para aqueles que acreditam que o senso comum tem a ideia de que tanto a mente quanto a matéria são produtos básicos que incluem a realidade, qual é então a conexão entre eles? Eles têm uma interação e, se sim, como? Ou a mente é realmente igual ao cérebro (material)? As máquinas (computadores) podem ser conscientes? Existe vida após a morte?

A metafísica também levanta a questão cósmica: como surgiu o universo, e por que há algo em vez de nada? E intimamente relacionada com a questão da natureza da realidade está a questão da existência de Deus. A realidade inclui tal ser, ou seja, existe um Deus? Como é Deus? E como Deus se relaciona com o resto da realidade? E se há um Deus, isto é, um ser onipotente, onisciente e onipotente, então estamos lidando com o problema do mal: como o mal pode existir? Essas questões relacionam-se com a filosofia da religião.

A epistemologia é uma área da filosofia que tenta responder perguntas como: O que é o conhecimento? Nós realmente o temos? E como o dizemos?

Alguns filósofos (cépticos) têm insistido que não temos realmente nenhum conhecimento. Alguns afirmaram que o fazemos claramente, e a fonte desse conhecimento é a nossa experiência empírica do mundo, ou seja, o que se revela através da experiência sensorial. Estes filósofos são conhecidos como empíricos. Outros (racionalistas) pensaram que a experiência sensorial só nos pode dar uma opinião, não conhecimento. O conhecimento – tal como o temos na matemática e na lógica – é alcançável, mas é através da razão, não da experiência sensorial.

A ética é um ramo da filosofia que lida principalmente com valor e obrigação, e coloca questões como: Que ações são moralmente corretas? O que é bom? Que tipo de pessoas devemos nos esforçar para ser? Houve céticos morais, isto é, aqueles que negam que há verdades morais objetivas ou conhecimento na ética. Ou talvez haja verdades morais, mas estão relacionadas com as práticas e crenças de uma sociedade. Para que o que é bom em uma sociedade em outra possa ser mau em outra. Alguns relativistas morais têm tais pontos de vista. Alguns filósofos que permitem o conhecimento moral para existir argumentam que a correção e imprecisão das ações é estritamente uma questão de valor das consequências da ação. Mas muitos filósofos pensam que, embora as consequências de uma ação sejam importantes, elas estão subordinadas a outros fatores na determinação do bem e do mal, tais como se a ação é ordenada por Deus ou se a ação está de acordo com certos princípios morais fundamentais. E, claro, há a pergunta sempre confusa: Por que devemos ser morais?

Uma área importante, intimamente ligada à ética, é a filosofia política. As questões mais importantes são: Qual é a natureza do Estado e a fonte da sua autoridade? Quais são os limites? Existem direitos humanos? Deve haver um governo mundial?

A lógica é, acima de tudo, uma tentativa de responder à pergunta: Qual é o raciocínio correto? A lógica não é tanto um ramo separado da filosofia como, como disse Aristóteles, um pré-requisito para qualquer filosofia ou, como disse Aristóteles, para qualquer pesquisa que envolva raciocínio. Se estamos procurando a verdade na metafísica ou na física, na ética ou na economia, a importância do bom raciocínio é de suma importância, e a lógica que tenta explicar os princípios do bom raciocínio é amplamente reconhecida.

Método Filosófico

O que fazem os filósofos quando fazem filosofia? Há muito a dizer aqui, mas há pelo menos duas atividades que são típicas para os métodos dos filósofos. Os filósofos têm estado ocupados com especulação desde o início e os filósofos têm estado ocupados com a análise por quase tanto tempo.

Especulação é apenas o uso da imaginação e da lógica para oferecer novas possibilidades sobre as coisas, especialmente sobre coisas que a ciência ainda não entende. Os primeiros filósofos gregos antigos eram especuladores sobre a natureza da realidade. Eles queriam dar sentido ao mundo rico mas confuso da experiência sensorial, e pensavam que tinha que haver um ou mais princípios na base da realidade que pudessem explicar tudo isso. Thales (600 a.C.) pensava que o princípio subjacente era a água. Outros tinham outras idéias especulativas sobre a realidade, algumas excêntricas, mas outras bastante notáveis por sua antecipação de descobertas científicas posteriores. Anaximandro (550 a.C.) acreditava que a realidade, incluindo os planetas e a vida na terra, tinha evoluído de uma substância primordial infinita e eterna. Talvez a teoria mais marcante tenha sido a de Demócrito (450 a.C.) que argumentou que a realidade consistia em pequenas partículas invisíveis e indivisíveis chamadas átomos. Estes exemplos mostram a ligação entre ciência e filosofia especulativa: a filosofia oferece possibilidades que a ciência naquele momento não pode provar ou refutar. Mas como essas possibilidades foram cientificamente confirmadas, o que costumava ser filosofia não é mais e se torna parte integrante da ciência. Na verdade, muito do que hoje é ciência já fez parte da filosofia especulativa. Antes do nascimento da ciência moderna no século XVII, a física era oficialmente conhecida como “filosofia natural”. Mais recentemente, o que começou como especulação filosófica sobre a natureza e origem do universo levou à emergência da cosmologia científica e à confirmação de teorias como o big bang.

A especulação filosófica também se mostrou útil em campos não-científicos. Quando Thomas Jefferson e os Pais Fundadores americanos empreenderam a “experiência americana”, eles emprestaram muitos dos filósofos políticos do século passado, em particular John Locke (Tratado de Governo, 1690), que ofereceu idéias revolucionárias sobre as virtudes do governo representado, a separação de poderes e os direitos humanos, incluindo o direito à revolução.

A análise geralmente envolve inspecionar e definir conceitos, a fim de obter uma compreensão mais clara das coisas, especialmente aquelas que o filósofo considera confusas. Os filósofos sempre fizeram perguntas como O que é justiça? O que é o conhecimento? O que é a consciência? O que é a realidade? E estas questões exigem uma análise dos conceitos em jogo, nomeadamente o conceito de justiça e o conceito de conhecimento.

Como exemplo de análise filosófica (embora algo simplista), veja o problema de a árvore cair na floresta sem que ninguém (nem mesmo um pássaro ou um esquilo) esteja lá para ouvi-la. A pergunta a ser respondida é: a árvore que cai, quando cai no chão, faz barulho? Já deve ter ouvido falar deste problema. Às vezes (erroneamente) é usado como um exemplo de uma questão filosófica que não tem resposta, ou (erroneamente) da futilidade da pesquisa filosófica. Mas a pergunta tem uma resposta precisa, e o exemplo ilustra bem (mesmo que seja muito simples) a utilidade da análise filosófica.

Durante a primeira gravação, algumas pessoas querem responder que está claro que a árvore fará um som. Afinal de contas, o som é algo objetivamente real que não deveria exigir a presença de um observador, embora seja verdade que nunca ouvimos um som que não ouvimos. Mesmo o som que não ouvimos pode ser acentuado por (digamos) um gravador próximo. Então, sim, faz um som, ou pelo menos é o que parece. Mas, por outro lado, também parece que o som é um fenômeno subjectivo, algo que não passa de doçura ou dor – coisas que um colecionador de impostos parece precisar. Então podemos duvidar se a árvore realmente faz barulho. O que precisamos de ver aqui é que “som” tem mais do que um significado. Ou seja, há mais do que um bom conceito.

De fato, vamos considerar duas definições de som, uma que poderíamos chamar de conceito de física, e a outra de psicologia do som.

soundphys = vibrações num meio (como o ar)

soundpsy = uma sensação; uma experiência auditiva

Ambas as definições são legítimas. O primeiro (físico) reflete o interesse pelo som como fenômeno físico. A segunda (psicologia) reflete o interesse pelo som como experiência. Note que estes dois tipos de sons, embora relacionados, são diferentes e podem ocorrer independentemente um do outro. Normalmente, o som como uma vibração causa o som como uma experiência. Mas elas podem ocorrer independentemente, ou seja, uma sem a outra. Por exemplo, som como vibração não tem de causar som como uma experiência (os coletores podem não estar presentes ou seus ouvidos ou cérebros podem ser danificados). E o som como um experimento poderia surgir sem ser causado por vibrações no ar (o observador poderia sofrer um estímulo alucinógeno interno de produtos químicos no cérebro). Quando vemos a diferença entre estes dois conceitos, vemos que a pergunta original é ambígua; ela tem mais de um significado. A pergunta (Será que a árvore fará som?) é realmente uma das duas perguntas:

(1) A árvore emite som físico?

(2) A árvore emite experiência auditiva?

A resposta à pergunta original depende do tipo de som que o entrevistador faz. A resposta a (1) é: Sim, haverá som no sentido físico da palavra (sonfys, ou seja, vibrações). A resposta a (2) é: Não, não haverá som no sentido psicológico da palavra (sonpsia, ou seja, experiência auditiva). Por conseguinte, a pergunta tem uma resposta precisa à pergunta assim que é esclarecida.

Este exemplo (embora atipicamente simples) ilustra não só a técnica de análise filosófica, mas também a sua importância. A análise nos lembra que as palavras têm mais de um significado e que as coisas chamadas pelo mesmo nome podem ser conceitos realmente diferentes. A clarificação de conceitos é muitas vezes um pré-requisito para uma compreensão de um problema, o que por sua vez é um pré-requisito para eliminar a confusão e dar uma resposta satisfatória a algumas das últimas questões de filosofia.

Exercícios de Filosofia

1 – No início dos tempos, é provável que o ser humano, em geral, não tenha questionado a origem do universo, do mundo?

a) Ele estava empenhado na luta pela vida.
b) Em outros níveis, ele pensou nisso.
c) Outra resposta

Resposta: B

Explicação da resposta: Os historiadores acreditam que esta interrogação tem origem nos primeiros movimentos do homem. Outro aspecto destas questões era também a qualidade com que as coisas tinham a ver umas com as outras.

2 – O termo filosofia significa um amigo do conhecimento?

a) Não, significa uma crítica não construtiva do conhecimento.
b) Sim, uma espécie de amigo da sabedoria.
c) A palavra filosofia não tem significado.

Resposta: B

Explicação da resposta: O termo é derivado da filosofia grega (“amigo”, “amante”) e erro (“conhecimento”, “conhecimento”), mas há muitas definições, muitas interpretações, dependendo das escolas filosóficas.

3 – Existe uma única definição aceite do que é hoje a filosofia?

a) Não, existem várias definições.
b) Sim, o tema foi unido pela academia.
c) Sim, não pela academia, mas pelo senso comum.

Resposta: A

Explicação da resposta: Aristóteles, os estóicos, Descartes, Locke e muitos outros definiram a filosofia como a entendiam. Há até mesmo definições curiosas, como a de Samuel Alexander: “A filosofia é sobre assuntos que ninguém além de um filósofo deve estudar.

4 – A filosofia faz principalmente uso da razão?

(a) Sim, é principalmente pela razão que a filosofia apresenta as suas considerações.
b) Não, em primeiro lugar é fé.
c) Não, antes de tudo a sensação, os dados empíricos.

Resposta: A

Explicação da resposta: A filosofia procura em grande medida justificações racionais e universais das coisas. Mas se trata de ciência, valores, pesquisa sobre a origem e o que pode ser válido no pensamento humano, progresso em diferentes áreas.

5 – As histórias mais distantes que levam à filosofia são gravadas oralmente?

a) Não, por escrito.
b) Não, foram entrevistas.
(c) Sim, oralmente.

Resposta: C

Explicação da resposta: Desde as antigas filosofias orientais, as histórias são geralmente orais.

6 – Histórias de mitos, como nas histórias antigas de Homero, Hesíodo, eram a expressão da filosofia?

a) Provavelmente não.
b) Sim, a filosofia é mitologia.
c) outra resposta.

Resposta: A

Explicação da resposta: Provavelmente não, porque só as tradições passaram. Eram histórias, contos. Não trouxeram consigo a reflexão que caracterizaria a filosofia depois.

7 – A filosofia de Aristóteles e o mito separaram-se?

a) Não. Juntou-se ao Mito e à Filosofia.
b) Sim, diferenciando as áreas.
c) outra resposta

Resposta: B

Explicação da resposta: Sim, para ele, os filósofos baseiam as suas declarações na razão. Os mitos trazem histórias, crenças que muitas vezes não precisam de razão.

8 – Tales de Mileto o primeiro filósofo?

a) O primeiro foi Sócrates.
b) O primeiro filósofo foi Platão.
c) outra resposta

Resposta: C

Explicação da resposta: De acordo com Aristóteles, foi Tales, sim. Um dos “sete sábios” da Grécia, que viveu no século VI AC. Ele mede distâncias, prevê fenômenos como eclipses. Como filósofo, tentou explicar a origem do mundo, com mitologias separadas. A água seria a fonte de tudo.

9 – Empedocles também era padre?

a) Sim.
b) Não, ele era apenas um filósofo.
c) Outra resposta

Resposta: A

Explicação da resposta: Sim, ele nasceu na Sicília no século V a.C.. Além de ser um padre, ele era um vidente, um milagreiro, um milagreiro, um político, um médico, um poeta e um cientista. Ele estabeleceu quatro elementos ou raízes do ser como princípio da matéria: fogo, água, ar e terra.

10 – Os filósofos da ciência eleática separaram os sentidos da razão?

a) Sim, colocaram-no em posições diferentes.
b) Não, estão a aproximar-se da mente e dos sentidos, estão a misturá-los.
c) outra resposta

Resposta: A

Explicação da resposta: Por um lado, as manifestações (doxá, “opiniões”) que os sentidos percebem, por outro lado, a realidade que a razão oferece, objeto do verdadeiro conhecimento.

11 – Os sofistas eram céticos?

a) Não. O ceticismo é o oposto do que os Sofistas aprenderam.
b) Sim, céptico. Um problema moral e epistemológico.
c) Resposta diferente

Resposta: B

Explicação da resposta: Desenvolveram um cepticismo na gnosiologia. Isto levou a uma moralidade oportunista. Por outras palavras, não nos é possível conhecer o mundo real; somos então confrontados com as aparências. Para os sofistas, eles formam a base do discurso.

12 – Sócrates foi o maior dos sofistas?

(a) Não, o programa Sócrates não é tradicionalmente considerado um sofista.
(b) Sócrates foi o primeiro sofista.

Resposta: A

Explicação da resposta: O filósofo estava em constante dúvida, mas seu propósito era diferente daquele dos Sofistas. Sócrates tentou distinguir entre o bem e o mal, para que a pessoa pudesse agir com correção.

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